A CPRH, em parceria com a Prefeitura do Recife e o Ibama, começa a retirada dos animais do Parque 13 de Maio para a proteção da fauna

A Agência Estadual de Meio Ambiente, CPRH, iniciou, em parceria com a Prefeitura do Recife e o apoio do Ibama, o processo de retirada de animais do zoológico localizado no Parque 13 de Maio, no centro da cidade. Esta ação visa proporcionar uma vida mais adequada para os animais silvestres, fora do ambiente urbano. 

No total, 48 aves foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, Cetras Tangará. A retirada dos animais será realizada de forma gradual, com previsão de conclusão até o final do mês de novembro, seguindo um cronograma estabelecido pelas entidades envolvidas. Na primeira etapa, realizada no dia 20 de outubro, foram retiradas diversas espécies, incluindo araras-canidé, rolinhas-cinza, patativas, tizil e siriema.

Após uma criteriosa avaliação clínica e exames, os animais aptos a retornarem à natureza serão libertados em locais apropriados, enquanto aqueles que não puderem se adaptar ao ambiente natural serão acolhidos por instituições parceiras. O presidente da CPRH, José de Anchieta dos Santos, ressaltou a importância de afastar esses animais do excesso de barulho e da poluição urbanos, assegurando-lhes um ambiente mais propício a uma vida saudável. Este esforço conjunto demonstra um compromisso em proteger a fauna silvestre e restaurar seu bem-estar.

No início da aguardada remoção dos animais do Parque Treze de Maio, no centro do Recife, o deputado Romero Albuquerque e a vereadora e secretária dos Direitos dos Animais, Andreza Romero, celebraram décadas de esforços e articulações em prol do bem-estar dessas espécies. O mini zoo do parque, existente desde 1976, abrigava diversas espécies, como macacos-prego, araras Canindé, papagaios, seriemas, pavões, rolinhas, galinhas, gansos, patos, saguis e camaleões, porém, enfrentava inúmeros desafios.

Os animais viviam em condições inadequadas, sofrendo com o barulho, a poluição, alimentação inadequada e espaços reduzidos. Além disso, a permanência no parque violava a Lei estadual 14.639/2012, que proíbe a manutenção de animais silvestres, selvagens ou exóticos em ambientes de clausura em praças e espaços públicos semelhantes.

Andreza Romero enfatizou a importância da ação, destacando experiências anteriores de sofrimento animal, como o caso da peixe-boi Xica, que foi mantida em condições inadequadas e acabou transferida após uma briga judicial, mas infelizmente não pôde retornar à natureza antes de sua morte. O resgate dos animais agora os encaminha para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na Guabiraba, onde receberão cuidados e reabilitação. Até meados de novembro, está previsto que todos os animais sejam retirados do Parque Treze de Maio e as gaiolas desmontadas, marcando um marco importante na proteção dos direitos dos animais na região.