A trajetória do pintor pernambucano Ismael Caldas é resgatada em um novo livro intitulado "Ismael Caldas", a ser lançado pelo Cepe Editora em parceria com o Instituto Raul Córdula. O lançamento está marcado para o dia 17 de agosto no Museu do Estado de Pernambuco, com a presença de diversos colaboradores da obra, incluindo o organizador Raul Córdula e os redatores José Antonio (Totonho) Sales de Melo e Joana D'Arc Lima.
Nascido em Garanhuns em 1944, Ismael Caldas destacou-se no cenário artístico do Recife, retratando de forma única a época em que viveu. Suas obras abordam temas do cotidiano e figuras da política nacional, muitas vezes utilizando uma estética distorcida para criticar a ditadura civil-militar e políticos corruptos. No entanto, essa disformidade não era apenas feiura, mas sim uma representação da realidade crua e, por vezes, irônica.
O livro também revela uma faceta menos sarcástica e irônica do artista, apresentando quadros que homenageiam a música de jazz. Através dessa série, Ismael Caldas demonstra sua habilidade cromática e pictórica, criando uma atmosfera única. O artista participou de 33 exposições, salões e bienais ao longo de sua carreira, confiante para a cultura artística da região.
Segundo Raul Córdula, Ismael Caldas foi um artista excepcional e o livro é uma maneira de preservar sua memória e legado. A obra reúne textos do próprio Ismael, do engenheiro José Antonio (Totonho) Sales de Melo, da curadora Joana D'Arc Lima e também apresenta uma análise de Ismael sobre a pintura de Francisco Brennand. O livro destaca a preferência de Ismael pela pintura em detrimento da fala, revelando um artista que, mesmo em tempos difíceis, optou por se expressar por meio de sua arte.
Em resumo, o livro "Ismael Caldas" oferece um mergulho na vida e obra desse notável pintor pernambucano, celebrando sua abordagem única da arte e resgatando sua contribuição para a cena cultural do Recife e do Brasil.
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