O Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos dos Autistas (IBDTEA) e a LigaTEA, juntamente com 109 famílias afetadas, protocolaram uma denúncia junto ao Ministério Público de Pernambuco. Um dossiê de 167 páginas foi elaborado para demonstrar os impactos negativos desse descredenciamento, que incluem a redução na quantidade e na carga horária das terapias, prejudicando diretamente o neurodesenvolvimento dos pacientes.
Além disso, várias famílias apresentaram denúncias à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e à ouvidoria do plano de saúde. Apesar dos esforços, as medidas requeridas pelas famílias não foram atendidas integralmente. Não houve um plano de transição entre as clínicas descredenciadas e a nova clínica, resultando na perda de dados cruciais para a avaliação do desenvolvimento dos autistas e na aplicação do plano terapêutico, especialmente aqueles baseados na Análise do Comportamento Aplicado (ABA), considerada uma intervenção crucial no tratamento do TEA.
O rompimento do vínculo terapêutico entre os pacientes e os profissionais que os acompanham é uma questão crítica, especialmente para os autistas, que têm dificuldades nas interações sociais. A falta de profissionais capacitados na única clínica para onde os pacientes estão sendo encaminhados aumenta ainda mais a preocupação das famílias.
Esse descredenciamento tem causado não apenas prejuízos aos tratamentos dos autistas, mas também um impacto psicológico significativo nas famílias, que foram surpreendidas por essa mudança abrupta e desorganizada nas clínicas de tratamento. A situação requer urgente atenção e intervenção para garantir o bem-estar e o progresso dessas pessoas com TEA e suas famílias.
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